O governador Paulo Dantas, o senador Renan Calheiros e o ministro dos Transportes, Renan Filho, participam, nesta sexta-feira (13/06) de um encontro regional do projeto “O Brasil Precisa Pensar o Brasil no Nordeste”, realizado pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG) e direção nacional do MDB.

O presidente da FUG em Alagoas, deputado estadual Dr. Wanderley decidiu transformar o evento num grande encontro do MDB estadual. “Vamos reunir prefeitos e vereadores, com o objetivo de organizar nosso partido para as eleições de 2026”, adianta.

Wanderley acredita que o MDB está bem e tem tudo para liderar um projeto vitorioso no próximo ano em Alagoas: “temos que nos preocupar com nossa roça, os outros que cuidem da deles. Temos um grande time, com condições de eleger um senador, eleger um governador, além das maiores bancadas tanto para a Câmara dos Deputados quanto para a Assembleia Legislativa. E vamos começar a organizar nosso grupo para entrar em campo e ganhar as próximas eleições”, aponta.

O encontro também deve marcar, ainda que informalmente, a “largada” do ministro Renan Filho rumo ao governo de Alagoas. Ele já avisou ao presidente Lula que deixa o ministério em abril do próximo ano para ser candidato.

O governador Paulo Dantas adianta que apoiará Renan Filho ao governo. “Será nosso candidato. E meu compromisso é ficar até o final do governo para ajudar na sua eleição”, afirma.

Paulo Dantas confirmou presença no encontro após encontro com o senador Renan Calheiros e deve deixar um recado claro para os emedebistas e aliados que participarão do evento: “tenho compromisso com Renan Filho para o governo e com Renan Calheiros para o Senado”, enfatiza.

Ex-comunista

Além de lideranças locais, o encontro do MDB também terá a participação de nomes nacionais do partido, a exemplo do presidente nacional da FUG, deputado federal Alceu Moreira, do ex-senador José Fogaça e o ex-comunista Aldo Rebelo. Alagoano de Viçosa, ex-ministro de Lula e Dilma que se aliou ao bolsonarismo em São Paulo.

Rebelo segue, apesar de sua “guinada a direita”, sendo uma referência na política nacional, sendo sempre convidado para palestras Brasil afora. Em Alagoas ele mantém bom relacionamento com importantes lideranças políticas, a exemplo do senador Renan Calheiros.

Fique por dentro

Veja texto da assessoria do MDB/AL sobre encontro

Maceió sedia encontro regional do projeto O Brasil Precisa Pensar o Brasil no Nordeste

Maceió sedia encontro regional do projeto O Brasil Precisa Pensar o Brasil no Nordeste

Os temas centrais serão: “Inclusão produtiva, superação da pobreza e desenvolvimento regional com sustentabilidade.” - Foto: Divulgação

Maceió sedia na próxima sexta-feira (13), a etapa de Alagoas do projeto O Brasil Precisa Pensar o Brasil, uma iniciativa da Fundação Ulysses Guimarães (FUG) e da direção nacional do partido. O evento, que será realizado a partir das 9 horas, no Centro de Convenções de Maceió, no bairro de Jaraguá, contará com a presença de lideranças nacionais, a exemplo do presidente nacional, deputado Baleia Rossi, do senador Renan Calheiros, entre outros.

Também participam lideranças políticas, representantes da sociedade civil, núcleos do MDB e militantes engajados com o futuro do Brasil. Será também um espaço essencial para refletir sobre os desafios do país e propor caminhos concretos rumo a um Brasil mais justo, inclusivo e inovador. Os temas centrais serão: “Inclusão produtiva, superação da pobreza e desenvolvimento regional com sustentabilidade.”

Participe e faça a diferença

Este Encontro Regional em Alagoas integra a maior mobilização da história da FUG, mais de 20 encontros que ocorrerão em diferentes unidades da federação. Com o intuito de ouvir as bases e fortalecer o papel do MDB no cenário político nacional, este evento tem um papel crucial na criação de soluções que atendam às necessidades do Brasil. Sua presença e engajamento são essenciais para o sucesso dessa jornada.

Este será o primeiro de uma série de encontros presenciais no Nordeste que acontecerão ao longo de 2025, alimentando o grande debate nacional que culminará no Encontro Nacional, nos dias 21 e 22 de outubro, em Brasília. A construção das soluções será coletiva e a colaboração de todos é fundamental. Junte-se a nós para fazer parte deste movimento de transformação e contribuição política.

O evento terá ainda a presença do ministro e senador Renan Filho; senador Fernando Farias, governador Paulo Dantas, deputados federais Rafael Brito e Isnaldo Bulhões; presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor, presidente da FUG Nacional, Alceu Moreira; deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, lideranças partidárias e dirigentes de núcleos do MDB em Alagoas.

Sobre o Encontro

Data: 13 de junho de 2025, sexta-feira, às 9h

Local: Centro de Convenções de Maceió

Endereço: Rua Celso Piatti – S/N – Jaraguá, Maceió – AL

Será aos 45 do segundo tempo. Literalmente. A reforma istrativa programada pelo prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL) deve sair até o final de junho.

O prazo da lei delegada, que permite o prefeito mudar toda a estrutura istrativa do município sem precisar de aprovação da Câmara Municipal de Vereadores foi revalidada por 90 dias. A lei vencia no dia 3 de abril deste ano e após aprovação de uma prorrogação termina no dia 3 de julho.

O prefeito ainda não definiu quais mudanças fará, mas a informação é que serão feitos ajustes pontuais na estrutura istrativa, com criação de uma ou duas pastas, fusão e mudança de nomenclatura de várias pastas.

A nova estrutura istrativa deve mudar pouco, mas as estrutura política não deve mudar quase nada. JHC vai manter os atuais aliados, fazendo apenas um realinhamento no tamanho dos espaços ocupados por deputados estaduais e federais e, principalmente, vereadores.

“O prefeito está avaliando estas mudanças e elas serão feitas para assegurar um melhor desempenho da máquina istrativa”, assegura um influente interlocutor.

Com garantir o equilíbrio do Orçamento Federal sem precisar aumentar tributos, a exemplo do IOF ou criar novos impostos? O ministro dos Transportes, Renan Filho, avalia que a solução pode estar no fim ou redução dos “gastos tributários” ou “incentivos fiscais” que grandes grupos econômicos recebem no país.

Para o ministro, que conseguiu equilibrar contas quando foi governador de Alagoas usando a mesma estratégia, a redução dos “gastos tributários” resolveria o deficit fiscal do governo federal facilmente. O aumento do IOF, que será revisto após reunião do ministro da Fazenda , Fernando Haddad, com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hogo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, geraria uma receita extra de cerca de R$ 19 bilhões.

O governo, no entanto, vai rever o aumento do IOF com a adoção de novas medidas e ará a estudar, como sugeriu Renan Filho, redução dos “gastos tributários” . O ministro fez em seu Instagram uma série comentários sobre o chamado “gasto tributário” do governo federal – valor que ele estimou em cerca de R$ 800 bilhões.

Para se ter ideia, o ministro listou os principais gastos anuais da União com programas conhecidos dos brasileiros: Bolsa Família, R$ 160 bilhões; Saúde, R$ 233 bilhões; Educação, R$ 167 bilhões; PAC, R$ 60 bilhões; vale-gás, R$ 3,6 bilhões. Somados, estes gastos somam cerca de R$ 600 bilhões ou R$ 200 bilhões a menos do que governo dá de incentivos para grandes empresas.

A seguir, os pontos principais dessa declaração e suas implicações:

1. Peso elevado no orçamento federal

Renan Filho chamou a atenção para a dimensão desse “gasto tributário”, termo que reúne renúncias fiscais, incentivos e isenções concedidos ao setor privado. De acordo com o ministro, esses subsídios, ao somar R$ 800 bilhões, representam um “orçamento oculto” do governo – recursos que, segundo ele, poderiam ser realocados para infraestrutura, transporte e investimentos produtivos

2. Propostas de redirecionamento

Para Renan Filho, esses valores devem ser redestinados a obras e modais de transporte, com potencial de gerar impacto socioeconômico relevante. Ele destacou que os incentivos tributários, embora visem estimular setores econômicos, carecem de transparência e acompanhamento adequados, dificultando a avaliação de seu retorno .

3. Crítica à política atual de incentivos

O ministro criticou a forma como os incentivos fiscais são distribuídos, apontando fragilidades em seu controle e prestação de contas. Segundo ele, a ausência de critérios claros favorece perda de arrecadação e gera distorções na competição entre empresas.

O que pode acontecer

Economista, considerado um dos melhores ministros do governo Lula 3, as declarações de Renan Filho podem servir de base para projetos que limitem ou condicionem benefícios fiscais. Outra opção é o umento de controle e auditoria – órgãos como a Receita Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) podem ser chamados a acompanhar o cumprimento das metas dos incentivos concedidos.

Outra coisa que pode ocorrer é o debate público e técnico – especialistas e entidades representativas podem entrar no debate, tanto em apoio à proposta de redirecionamento quanto defendendo a importância dos estímulos fiscais para determinados setores.

Veja o que ficou definido:

Haddad faz acordo com Congresso para reduzir IOF, elevando outros impostos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite de domingo, após uma reunião de mais de cinco horas com os líderes dos partidos no Congresso Nacional, que o decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no final de maio será todo revisto.

Como algumas alíquotas desse decreto serão eliminadas ou reduzidas, o governo e os parlamentares concordaram em aumentar a tributação das bets, das fintechs e de alguns títulos de crédito, além de cortar benefícios tributários, para garantir as receitas necessárias ao equilíbrio do Orçamento neste ano. Ainda é preciso bater o martelo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com as mudanças, a arrecadação do IOF neste ano deve ficar em R$ 7 bilhões. É uma redução de 63% em relação aos R$ 19,1 bilhões que estavam previstos com a versão atual do decreto.

Haddad e os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), falaram a jornalistas após a reunião com parlamentares na residência oficial da Câmara, em Brasília. Participaram do encontro os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM), Cid Gomes (PSB-CE) e Efraim Filho (União-PB), além dos deputados federais José Guimarães (PT-CE), Isnaldo Bulhôes (MDB-AL), Pedro Lucas (União-MA), Antônio Brito (PSD-BA), Doutor Luizinho (PP-RJ) e Gilberto Abramo (Republicanos-MG). Junto com Haddad foi a ministra Gleisi Hoffmann, de Relações Institucionais.

Novas medidas tributárias

Títulos de crédito (renda fixa) que antes eram isentos arão a ter cobrança de imposto de renda. A medida atinge a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), que arão a ter cobrança de 5% de IR.

As plataformas de apostas online (bets) terão um aumento da chamada GGR (Gross Gaming Revenue) de 12% para 18%.

As fintechs, que atualmente pagam alíquotas de 9%, 15% ou 20% de CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido), arão a pagar 15% ou 20%, assim como os bancos tradicionais.

As isenções tributárias infra constitucionais serão revistas nos próximos dias. Motta disse que Haddad estimou essas isenções em R$ 800 bilhões por ano.

Os gastos tributários serão cortados em 10%, de acordo com Haddad. Mas Motta afirmou que o percentual ainda pode mudar. Essa redução ainda precisa ser melhor discutida com os demais membros do Congresso.

Sobre os gastos primários, como os supersalário e as despesas previdenciárias, não houve acordo.

O governador Paulo Dantas reafirmou ao blog, nesta segunda-feira (09/06), seu compromisso político com o ex-governador e atual ministro dos Transportes, Renan Filho, e com o senador Renan Calheiros.

Questionado pelo blog do Edivaldo Junior se teria mudado os planos para 2026, Paulo Dantas respondeu com uma pergunta: “você já me viu voltar com a palavra atrás alguma vez?”, questionou.

Sem pestanejar, Dantas garantiu que não pretende disputar nenhum cargo em 2026 e seguirá no comando do Executivo estadual até o último dia do mandato.

“Eu nunca voltei com a palavra atrás. Você nunca me viu voltar com a palavra atrás. Eu vou votar em Renan Filho para governador e em Renan Calheiros para senador”, declarou o governador.

A declaração foi dada após encontro com Renan Calheiros no Palácio República dos Palmares, nessa segunda e será reiterada em outro compromisso público com o senador na próxima sexta-feira (13), em evento promovido pelo MDB em Alagoas.

Permanência

Embora alguns interlocutores mais animados insistam em especular sobre eventuais mudanças no plano político de Paulo Dantas, o governador garante que não será candidato em 2026. Sua permanência no cargo, entretanto, está diretamente ligada à consolidação do projeto político do grupo liderado por Renan Filho e Renan Calheiros.

Segundo Dantas, Renan Filho será o candidato do grupo ao governo de Alagoas em 2026. E mais: o ministro teria, inclusive, o desejo claro de voltar ao comando do Estado.

“Acredito que Renan Filho tem muita vontade de voltar a governar Alagoas. Está preparado para fazer mais uma vez um grande governo. Vamos entregar para ele um Estado ainda melhor, para que possa fazer nosso Estado avançar ainda mais”, afirmou o governador.

Aliança

Dantas também destacou a parceria istrativa com o senador Renan Calheiros. “Conversamos sempre e estamos firmes no propósito de manter Alagoas avançando. O senador tem sido um grande parceiro do nosso governo e de Alagoas. Precisa continuar servindo ao nosso povo e ao nosso Estado”, pontuou.

A sinalização de Paulo Dantas antecipa o desenho da chapa majoritária do MDB para 2026, com Renan Filho no governo e Renan Calheiros buscando a reeleição para o Senado. Se depender do atual governador, esse arranjo não será alterado. Pelo menos é o que diz — e, até aqui, tem cumprido.

Inspirado em programas bem-sucedidos como o Compaz, de Recife, e o Usinas da Paz, do Pará, o Governo de Alagoas lançou nesta segunda-feira (9) aquele que está sendo considerado o maior programa estadual de prevenção à violência e promoção da cidadania da história recente do estado: o "Corações da Paz".

A proposta é ambiciosa — e o governador Paulo Dantas está confiante. "O governo está rerforçando o compromisso com a prevenção a violência e garantindo um grande investimento, graças a visão do nosso governador", aponta e o secretário de Prevenção à Violência, Ricardo Dória.

A primeira unidade do programa será construída no Ginásio Lauthenay Perdigão, no bairro do Trapiche, em Maceió, com previsão de entrega já em dezembro deste ano. Outras nove unidades estão previstas até 2026, com investimentos que somam R$ 100 milhões. Serão quatro na capital e seis distribuídas em municípios estratégicos do interior.

“A primeira unidade vai ficar pronta este ano. Queremos inaugurar em dezembro. Ainda durante o governo Paulo Dantas vamos entregar outras unidades. Tenho certeza que será uma experiência exitosa em Alagoas, que vai ajudar a reduzir a violência e melhorar a qualidade de vida das comunidades, especialmente das regiões mais carentes de nossa capital, Maceió”, disse Ricardo Dória, que tem coordenado pessoalmente a execução do projeto.

Ricardo Dória, aliás, visitou recentemente o Pará para conhecer de perto o modelo das "Usinas da Paz", que se tornaram referência nacional em políticas públicas de prevenção. O formato — que une serviços sociais, educação, cultura, esporte, saúde e segurança em um mesmo espaço — serviu de inspiração direta para o Corações da Paz. A visita foi decisiva para consolidar as diretrizes que agora começam a ser implementadas em Alagoas.

Lançamento

A solenidade de lançamento foi marcada por uma forte presença política e institucional. Além do governador Paulo Dantas e do secretário Ricardo Dória, participaram representantes de diversas pastas, como Ciência e Tecnologia, Agricultura, Comunicação, Cultura, Cidadania e Turismo. A presença de deputados estaduais, federais e vereadores reforçou o apoio multipartidário ao programa.

Com a proposta de integrar serviços públicos em territórios marcados por altos índices de vulnerabilidade social, o Corações da Paz visa criar “ilhas de oportunidade” em comunidades frequentemente esquecidas pelo poder público. Os complexos contarão com infraestrutura completa: quadras esportivas, salas para capacitação profissional, estúdios de arte, biblioteca, atendimento psicológico, consultórios de saúde, espaços para convivência e lazer, inclusão digital e atividades para crianças, adolescentes e idosos.

“A proposta é concentrar em um único espaço diversas políticas públicas, criando um ambiente seguro, acolhedor e com oportunidades reais para a população se desenvolver”, detalhou Dória.

O programa já tem base legal: o projeto de lei que o institui como política pública estadual foi encaminhado à Assembleia Legislativa e deve ser votado nos próximos dias. A expectativa é que a aprovação ocorra sem grandes entraves, dada a relevância e o ineditismo da proposta.

Em um momento em que o debate sobre segurança pública volta à pauta nacional, Alagoas dá um o em direção a um modelo preventivo e humanizado, que aposta no fortalecimento das comunidades como caminho para a paz social. A experiência será acompanhada de perto — e poderá, no futuro, tornar-se referência para outros estados do país.

Fique por dentro

Veja aqui a visita ao projeto no Pará:

Secretário de Prevenção à Violência visita projeto Usinas da Paz, em Belém do Pará

Veja aqui como foi o lançamento:

Paulo Dantas lança maior programa de promoção à cidadania e prevenção à violência de Alagoas

O “quarteto fantástico” da política alagoana, formado por Paulo Dantas, Marcelo Victor, Renan Calheiros e Renan Filho, esbarrou na sua primeira divergência desde 2022.

A nomeação de uma vaga para o STJ divide o quarteto. Paulo e Marcelo defendem a indicação de Sammy Barbosa, procurador do MP do Acre. Renan Calheiros e Renan Filho apoiam Marluce Caldas, procuradora do MP de Alagoas.

A escolha ou não da alagoana Marluce terá influência no segundo voto de senador do governador Paulo Dantas e do presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor.

Isso porque a “leitura” que se faz é que uma eventual escolha de Marluce pode sinalizar um acordo entre o prefeito de Maceió e os Renans. João Henrique Caldas poderia ser, neste cenário, candidato ao Senado numa acordo com o senador e o ministro, ainda que informal.

Paulo e MV, no entanto, já avisaram que não aceitam nenhum tipo de acordo ou apoio a JHC.

“O compromisso do quarteto fantástico se mantém, mesmo com a divergência. Paulo Dantas e Marcelo Victor continuam firmes em apoiar Renan Filho e Renan Calheiros, mas apoiam Sammy para o STJ”, diz um influente interlocutor do governo.

“Se Marluce for nomeada, o compromisso dos Renans com JHC existe, se for o Sammy, Paulo e Marcelo venceram, junto ao governo federal, com outros aliados de Brasília. Toda a divergência em nada atrapalha o compromisso inicial, mas pode definir a escolha do segundo voto do governador e do presidente da Assembleia Legislativa com um nome que não será necessariamente o mesmo apoiado pelos Renans”, aponta o interlocutor.

Articulação

Na avaliação de vários assessores do governador Paulo Dantas, o principal articulador de uma eventual aliança entre Renan Calheiros, Renan Filho e JHC seria o senador Fernando Faias, que tem boa relação – na verdade é amigo, tanto do senador e do ministro, quanto do prefeito de Maceió. A “leitura” é que Fernando Farias, ganharia “caminho livre” para o Senado (ele é suplente e está no exercício do cargo porque RF se licenciou para assumir o Ministério dos Transportes).

Se Renan Filho ganhar, ele assumiria o mandato em definitivo por quatro anos.

FF, como é chamado o senador pelos amigos, pelo que se sabe apoia o entendimento entre os Caldas e os Calheiros, mas estaria longe de atuar como “articulador”.

As conversas feitas até agora foram diretas, entre JHC e Renan Calheiros e JHC e Renan Filho.

Divisão

A oposição também estaria dividindo a bola na mesma questão. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira estaria alinhado com Paulo e Marcelo, defendendo Sammy, enquanto JHC estaria alinhado com os Renans, defendendo a nomeação da tia dele para a vaga de ministra.

O presidente Lula já teria adiado por diversas vezes a escolha de Sammy ou Marluce, os favoritos para a vaga, em função da falta de entendimento na política alagoana. Mas a procuradora alagoana segue no páreo e tem apoio de outros políticos alagoanos e de várias instituições do Estado. Mas essa é outra história,

O imbróglio envolvendo governo do Estado e prefeitura de Maceió no destino do Mercado Público de Jaraguá é apenas mais um a levar ao confronto o governador Paulo Dantas e o prefeito João Henrique Caldas.

Os dois já se enfrentaram em diversos episódios. A prefeitura de Maceió mandou retirar os totens de monitoramento da Secretaria de Segurança de vários locais da capital. A Justiça deu ganho para a SPP/AL. O governo de Alagoas mandou desocupar o prédio da antiga rodoviária, no Centro, mas a prefeitura ganhou na Justiça do direito a instalar no local um “Gigantinho”.

Paulo Dantas e JHC já brigaram e brigam normalmente por problemas maiores, a exemplo da partilha dos recursos da concessão do saneamento em Maceió. Isso para não falar dos embates políticos, que só aumentaram desde 2022.

Notificada a devolver o imóvel onde hoje funciona o mercado público de Jaraguá, tradicional polo gastronômico da capital alagoana, a prefeitura de Maceió nega que não tenha pedido a renovação para o direito de uso do local. Legalmente, o imóvel está cedido a prefeitura de Maceió até outubro deste ano.

Escalado ou não pelo prefeito JHC, o vereador David Empregos ou os últimos dias acusando o governo de Alagoas de querer tomar a fonte de renda dos comerciantes que atuam no local e promover desemprego.

No outro lado, o presidente do Iteral e ex-aliado de JHC, Davi Maia, promoveu reunião com os permissionários nessa sexta-feira. No encontro, aviso que o Estado pretende fazer no local o que a prefeitura não vez, promovendo melhorias nas instalações e criando ações para aumentar o fluxo do público ao local.

Maia ainda disse que o vereador David “foi escalado para disseminar o terrorismo. Em nenhum lugar da notificação da Carhp fala que vai tirar os permissionários.”.

Líder do governo na Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado estadual Sílvio Camelo, participou do encontro no mercado de Jaraguá e saiu da reunião com a certeza de que a ação do governo é correta: “a prefeitura de Maceió perdeu o prazo e não demonstrou interesse em manter a posse do imóvel. Agora, o espaço será assumido pelo governo do Estado que vai promover melhorias. Isso será bom tanto para os empresários e trabalhadores e também para nossa cidade”, afirmou.

Camelo avalia que toda a polêmica causada por alguns vereadores é desnecessária: “Como a prefeitura não quis, Estado vai melhorar mercado de Jaraguá, mantendo os atuais empregos e estimulando a geração de novas oportunidades”, enfatizou.