Quem eram os poderosos líderes militares mortos no ataque
Mohammad Bagheri era chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã e Hossain Salami era chefe da Guarda Revolucionária do Irã
Por Nayara Fernandes
13/06/2025 às 8:29 - há XX semanas
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, foi um dos dois principais líderes militares do Irã mortos no ataque das Forças de Defesa de Israel na madrugada desta sexta (13), segundo a TV estatal do país.
O bombardeio atingiu instalações nucleares e militares, incluindo residências de altos comandantes, como Hossein Salami chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, na qual Baqheri ingressou em 1980.
A instituição é o braço mais poderoso do Exército do país e foi fundada após a Revolução de Islâmica de 1979.
Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, e Hossain Salami, chefe da Guarda Revolucionária do Irã. — Foto: Reuters
Quem era Mohammad Bagheri?
Morto em um contexto de tensões elevadas entre Irã e Israel, Mohammad Bagheri foi o principal líder militar do Irã, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas desde 2016.
Internacionalmente, o IRGC é considerado uma organização terrorista por países como Estados Unidos, Arábia Saudita e Bahrein, devido ao seu envolvimento em atividades militares e apoio a grupos armados na região
Devido a seu papel militar e político, ele foi sancionado por vários países, em 2019, como um dos líderes que "durante décadas oprimiram o povo iraniano, exportaram o terrorismo e avançaram com políticas desestabilizadoras em todo o mundo”, diz o documento do Tesouro dos EUA.
Bagheri também esteve envolvido no comando das operações e estratégias militares do Irã, incluindo o programa de mísseis balísticos e o apoio militar a aliados, como na Síria e na assistência à Rússia com drones na guerra na Ucrânia.
Quem era Hossein Salami?
Salami era uma das figuras mais poderosas do setor militar iraniano. Nome forte e próximo ao regime iraniano, o militar foi veterano da guerra Irã-Iraque dos anos 1980. Estudou gestão de defesa no Exército iraniano e, em 1997, já chegou a o cargo de chefe de operações da Guarda Revolucionária, e tinha voz no programa nuclear iraniano desde então.
Em 2006, o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções contra ele por esse envolvimento no programa balístico.
O chefe da Guarda Revolucionária já declarou na televisão que o Irã tinha como estratégia varrer o regime sionista do mapa, uma referência a Israel. A morte dele pode representar uma escalada no conflito entre Israel e o Irã.
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